Angola consegue primeiro registo de projecto de redução das emissões de gases do efeito estufa

A Barragem Hidroeléctrica do GOVE é o primeiro Projecto angolano de redução das emissões de gases de efeito estufa, a barragem hidroeléctrica do Gove, situada na província do Huambo, região centro-sul do País, que, após ter concorrido em finais de 2012, juntamente com a barragem hidroeléctrica de Kambambe, no Kwanza Norte, e o projecto Angola LNG, no Zaire, teve hoje a aprovação do comité executivo que autoriza a emissão de créditos de carbono no âmbito do Protocolo de Kyoto, no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Kyoto, da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas. Este protocolo estabelece a redução das emissões antropogenicas de dióxido de Carbono, que representa 76% do total das emissões relacionadas ao aquecimento global e outros gases de efeito estufa nos países industrializados.

Com esta aprovação, Angola junta-se aos paises que desenvolvem acções para redução da emissão de gases poluentes, e tem direito a créditos de carbono, que podem ser comercializados com os países que têm metas a cumprir com a redução de emissão de gases poluentes.

No âmbito da redução das emissões de gases de efeito estufa, a Barragem Hidroeléctrica do GOVE, Projecto aprovado pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, criada pelo Protocolo de Kyoto para redução certificada de emissões, prevê diminuir cerca de 126 000 t (cento e vinte e seis mil toneladas) de carbono, por ano, por um período de 10 anos. Este contributo para o Desenvolvimento Sustentável, visa principalmente, a melhoria da qualidade de vida das populações, o reforço do compromisso com o desenvolvimento sustentável, o financiamento de projectos sustentáveis ligados a energia, agricultura, industria, água e arborização, num verdadeiro contributo a redução das emissões de gases de efeito estufa, que permita reduzir em dois graus, o aumento da temperatura global, nos próximos 50 anos.


 

Com a presente conquista, amparada pelas Nações Unidas, Angola, prepara-se para beneficiar de créditos de carbono e outras iniciativas similares, que facilitarão o financiamento de projectos para redução de emissões de gases de efeito estufa e a compensação de créditos de carbono, que constitui hoje, um problema real, global, e que todos devem contribuir para a sua minimização, serão gerados aproximadamente 126 mil créditos de carbonos que poderão ser colocados no mercado internacional representando uma fonte adicional de rendimentos para o País.
O Projecto resulta de um esforço conjunto entre o Ministério do Ambiente, o Gabinete para a Administração da Bacia Hidrográfica do Cunene e a Angola Carbon, S.A, que ao fim de 4 anos colocaram o primeiro Projecto de Angola no Mercado do Carbono.